Darrera modificació: 2021-02-11 Bases de dades: Sciència.cat
Rasteiro, Alfredo, "Joao Rodrigues de Castelo Branco e a solidariedade médica na luta contra a doença a morte", Medicina na Beira Interior da Pré-História ao Século XIX, 1 (1989), 16-18.
- Resum
- Ao longo dos milénios, desde a tomada de cartas de alforria na Grécia antiga, o posicionamento da Medicina caracterizou-se sempre pela independência, de critérios rígidos, subordinada a dispositivos éticos consensuais, perfeitos, imutáveis. A existência de tais princípios, que se adquirem ao longo de toda a aprendi-zagem da Medicina, estará até para além dos Juramentos médicos e da moral codificada e é por isso que se fala e sempre se falou de moral médica muito para além ou até independentemente de Juramentos como o de Hipócrates de Cós (460-377 a. C.) e suas adaptações sucessivas ao longo dos séculos. Amato Lusitano (1511-1568), além do exemplo da sua vida, deixou-nos uma recomendação muito especial no seu célebre Jus Jurandum escrito em 1559 e registado no fim da sua última centúria, impressa em 1561 na cidade de Salónica (Tessalonica), lugar de acolhedor exílio para inúmeros portugueses de nação hebraica que a prepotência e a cegueira política de nação lusitânica então dominante não consentiam em terras portuguesas. Amato Lusitano, muito melhor do que Hipócrates, não promete fazer isto ou não fazer aquilo, mas, muito simplesmente, diz-nos como fez e o que fez, com isso nos convidando a conhecer a sua obra e a seguir o seu luminoso exemplo. Assim, o Juramento de Amato é uma visão retrospectiva de uma vida extremamente complexa e muito rica expressa num espaço muito breve, sem preocupação de esgotar um assunto que está patente nos comentários aos setecentos casos clínicos que constituem as Centúrias.
- Matèries
- Història de la medicina
- URL
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