Darrera modificació: 2021-04-30 Bases de dades: Sciència.cat
Ramalho Proserpio, Ana Maria, "A introdução do bacalhau na mesa alimentar das comunidades religiosas: o seu consumo no Convento de Santa Marta de Jesus, em Lisboa", dins: Soares, Carmen - Torres Silveira, Anny Jackeline - Laurioux, Bruno (eds.), Mesa dos Sentidos & Sentidos da Mesa, vol. 2, Coimbra, Universidad de Coimbra, 2021, pp. 155-177.
- Resum
- As primeiras viagens portuguesas realizadas à Terra Nova, em finais do século XV, a que se seguiu, em crescendo, a ida de várias embarcações de pescadores durante o século XVI, em particular dos portos mais a norte de Portugal e do Arquipélago dos Açores, vão levar ao aparecimento do bacalhau na mesa dos portugueses. Este peixe, ao ser pescado longe da costa portuguesa, obrigou, desde logo, a uma conservação que passava pela sua salga e secagem. No dealbar do século XVII a pesca portuguesa naquela região é suspensa, o que nos levou a procurar saber sobre o destino do bacalhau em Portugal, até porque a sua presença na mesa alimentar portuguesa era ainda muito recente, e não fora adotado por toda a socie-dade. Os grupos sociais mais privilegiados preferiam manifestamente o peixe fresco, sinal de prestígio e riqueza, em detrimento do peixe seco, mais acessível em termos económicos e, consequentemente, mais usado pelos grupos mais desfavorecidos.Neste trabalho são apresentados os resultados de um estudo de caso – o bacalhau na alimentação do Convento de Santa Marta, em Lisboa −, precisamente na altura da interrup-ção da pesca portuguesa na Terra Nova, que coincide com o início do período filipino em Portugal. Nele procurou-se apurar a presença (ou não) do bacalhau na mesa deste convento da capital do reino, analisando nos seus livros de registos as despesas feitas com a alimentação, desde a sua fundação, em 1583, até aos finais do século XVII.
- Matèries
- Alimentació
Religió Cuina i confiteria
- URL
- http://monographs.uc.pt/iuc/catalog/view/128/460/814-1
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